Teleangiectasias é o nome que recebem os vasinhos ou “aranhas” que aparecem nas pernas, decorrentes de alterações de veias, e são o primeiro grau de varizes. A doença é uma alteração da circulação que, na maioria das vezes, é motivo apenas de uma queixa estética. A principal causa das teleangiectasias é genética. Comumente, membros de uma mesma família podem se queixar de vasinhos ou de varizes nas pernas. O quadro da doença pode ser piorado por fatores como obesidade, uso de anticoncepcionais e quando a pessoa fica muito tempo em pé.
Os vasinhos nas pernas podem ser simples, ou seja, não têm nutrição por varizes mais grossas, ou vasinhos complexos – que possuem nutrição de varizes mais grossas “alimentando” os vasinhos. Há uma grande dificuldade de tratá-los com escleroterapia simples e sem tratamentos adicionais.
Segundo a Dra. Mariana Terra, a boa notícia é que nos últimos anos houve evolução significativa dos tratamentos, levando a resultados melhores e mais duradouros. “Ainda hoje vemos pacientes que fazem escleroterapia com intervalo de seis meses a um ano. Talvez, essas pacientes estejam sendo tratadas de forma inadequada ou insuficiente”, sugere.
O tratamento adequado requer consulta com angiologista e/ou cirurgiã vascular. “É preciso muito cuidado com tratamentos realizados por pessoas sem especialização ou por não médicos. Os vasinhos fazem parte de uma doença e devem ser tratados por médico qualificado na área”, enfatiza.
Durante a consulta, o especialista deve fazer uma minuciosa anamnese, avaliando a necessidade de realização de doppler complementar. Durante esse exame são analisadas as veias a serem tratadas e seus respectivos diâmetros. Quem tem teleangiectasias, alerta a especialista, deve passar por uma boa avaliação. Os detalhes ajudam a definir que tratamento proporcionará melhor resultado funcional e estético. “Gosto muito de fazer o doppler das minhas pacientes porque, enquanto faço o exame, já planejo o tratamento delas”, afirma Dra. Mariana.
Dentre as opções de tratamentos, a dra. Mariana terra dispõe de escleroterapia simples, espuma de polidocanol, clacs (laser e escleroterapia) ou cirurgia associada à escleroterapia. A seguir, um pouco sobre cada um:
ESCLEROTERAPIA SIMPLES:
Aplicação de substâncias esclerosantes em teleangiectasias. Funciona muito bem para teleangiectasias simples.
ESPUMA DE POLIDOCANOL:
Aplicação muito ampla. Funciona para veias nutridoras até varizes mais grossas. Tem uma taxa um pouco maior de pigmentação de pele, devendo ser usada em mãos experientes e em casos bem selecionados.
CLACS:
Associação de laser transdérmico com escleroterapia associada a frio. O tratamento é muito seguro e com boa resposta em casos de veias nutridoras. O método pode evitar cirurgia em muitos casos e tem excelente resultado a longo prazo.
CIRURGIA:
Indicada para varizes grossas ou quando há alteração das veias safenas. Normalmente, o tratamento de escleroterapia é feito após a recuperação da cirurgia.
