CONHEÇA PESQUISADORAS DA UFRB NO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES E MENINAS NA CIÊNCIA
Hoje o acesso das mulheres às universidades, ingressas em pesquisas e produção científica, é superior aos dos homens, de acordo com dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Os números mostram que mulheres com bolsas de iniciação científica, também com mestrado e com doutorado são superiores aos homens, mas que, em contrapartida, mulheres representam apenas 33% do total de bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Nas áreas de Ciências Exatas, Engenharias e Computação a desigualdade é maior. Os homens assinam 75% dos artigos nas áreas de Computação e de Matemática. A UNESCO ainda aponta que 30% das cientistas do mundo são mulheres, mas o percentual de alunas matriculadas em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática representam somente 35% do total.
Os dados nos levam a refletir, neste Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, sobre quais fatores colaboram para tal desigualdade, também no campo científico. Se levarmos em consideração temas já discutidos em outras áreas, percebemos que as mulheres ainda despendem muito mais tempo do que os homens entre os afazeres domésticos e cuidados com filhos, sendo estes os principais empecilhos para dedicação ainda maior delas à produção científica.
Outro fator importante que contribui para essa desigualdade com relação às bolsas é que as mulheres, mesmo ocupando os mesmos cargos e exercendo as mesmas funções que seu colegas homens, ainda recebem salários menores que eles, o que impede que elas alavanquem ainda mais suas carreiras.
A professora Paloma Pinho e a aluna Rebeca Almeida, ambas da UFRB, são exemplos de mulheres que romperam essas barreiras e, com o intuito de celebrar esta data e incentivar mais meninas e mulheres, relataram um pouco sobre suas pesquisas:
A estudante de Agronomia Rebeca Almeida criou um software nomeado “The Insects” que permite a identificação de insetos no cultivo das orquídeas. Com o produto final de sua pesquisa, Rebeca foi ganhadora da Categoria Bolsista de Iniciação Tecnológica, em julho de 2021, na área de Ciências da Vida, da 18ª edição do Prêmio Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Saiba mais sobre a premiação de Rebeca, clicando no link:
A Dra. e Docente Paloma Sousa Pinho, é Professora Adjunta IV da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Doutora em Saúde Pública pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFBA (2018), Mestre em Saúde Coletiva (2006) e Graduada em Enfermagem (2001) pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Paloma ainda é líder e Pesquisadora do Núcleo Saúde, Educação e Trabalho (NSET) da UFRB e Pesquisadora do Núcleo de Epidemiologia (NEPI) da UEFS; com experiência no campo da Saúde Coletiva nas linhas de Epidemiologia, Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Gênero, Saúde Mental e Imunização.
A professora do Centro de Ciências da Saúde – CCS, localizado no Campus de Santo Antônio de Jesus, teve participação relevante na reportagem do portal “O Globo” intitulada “Por que as mães estão exaustas? Entenda o impacto da carga mental na vida das mulheres”.
A pesquisa aborda a divisão do trabalho doméstico que permanece igual há duas décadas e ainda sobrecarrega mulheres, sobretudo as mães, que são empurradas a assumir toda a responsabilidade de planejar, organizar e tomar decisões relacionadas à casa e aos filhos e os impactos disto na saúde da mulher.
Conheça mais sobre a pesquisa aqui: https://www.ufrb.edu.br/ccs/images/AscomCCS/EXTENSAO/2019/PALOMA/Por_que_as_maes_estao_exaustas.pdf
Segundo a Fiocruz, O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, foi instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas e passou a integrar o calendário de eventos da Fundação em 2019. A instituição ainda informa que, sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, eventos comemorativos acontecem nesta data, em diversos países, com atividades que visam dar visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.