VEJA ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E EMULSIFICANTES E QUAIS OS IMPACTOS AO CORPO
Os alimentos ultraprocessados são um risco para a saúde humana e, segundo uma pesquisa recente, o consumo aumenta o risco de uma pessoa desenvolver 25 tipos de câncer. Além da gordura saturada, dos açúcares e do sódio, um novo componente têm gerado preocupação nos pesquisadores: o emulsificante.
A função dessa substância química “é combinar água e óleo”. Utilizada em itens como margarinas, pães e bolos industrializados, sorvetes, chocolates e carnes processadas, o emulsificante promove a “ligação” entre os ingredientes, os mantendo com uma boa aparência e textura macia.
Porém, as consequências na microbiota intestinal pela presença de emulsificantes nos alimentos é um motivo de preocupação. Microbiota é um termo utilizado para descrever a comunidade de microrganismos, em sua maioria bactérias, que geralmente se encontram em tecidos saudáveis, especialmente no cólon (parte do intestino grosso), mas também na pele e em outras mucosas.
O início dos estudos sobre o assunto datam 2015. Roedores foram alimentados com água contendo uma pequena quantidade de cada um dos aditivos, separadamente, ou nenhum deles. Os animais alimentados com os emulsificantes apresentaram uma queda no número de algumas bactérias no seu intestino, enquanto outras, pró-inflamação, aumentaram.
Além disso, os resultados mostraram que os aditivos emulsificaram as paredes de muco que protegem o intestino. Então, parte delas foi completamente dissolvida, se tornando mais fina. O que levava o cientista a entender que esses emulsificantes poderiam estar ligados à distúrbios inflamatórios do intestino, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa.
Para encontrar mais respostas, os cientistas iniciaram as pesquisas em humanos. Um pequeno estudo em 12 pacientes com colite ulcerosa tentou avaliar como se comportam os aditivos ao serem aliados à inflamação de longo prazo do cólon e do reto.
Os participantes retiraram todos os emulsificantes de sua alimentação por um ano. Cinco tomaram uma cápsula diária contendo o emulsificante carragenina (E-407), e os outros sete participantes tomaram uma cápsula placebo. Enquanto os que ingeriram a carregenina tiveram uma piora considerável no seu quadro de saúde, o outro grupo continuou sem mudanças. O que indica que a retirada desse composto da dieta de pessoas reduz o risco da inflamação intestinal ter uma reincidência.