Maria Quitéria: Primeira Militar Brasileira que Lutou pela Independência Disfarçada de Homem
Nesta quarta-feira (28), o governo federal estabeleceu novas regras para o alistamento militar feminino, publicadas no Diário Oficial da União. O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, permitirá que mulheres se alistem voluntariamente a partir dos 18 anos, expandindo a participação feminina nas Forças Armadas.
Inspirada por figuras históricas como Maria Quitéria, a primeira militar brasileira, essa medida é um marco importante. Quitéria, uma jovem baiana de Feira de Santana, tornou-se heroína da Independência ao se disfarçar de homem para lutar nas batalhas decisivas contra o domínio português. Mesmo sem permissão para servir por ser mulher, ela entrou para o Exército com o nome de “Soldado Medeiros” e rapidamente se destacou por sua coragem e habilidade no campo de batalha.
Quitéria foi fundamental em batalhas como a de Pirajá e a defesa da Ilha da Maré, onde, sozinha, rendeu soldados portugueses. Sua bravura foi reconhecida pelo imperador Dom Pedro I, que a condecorou com a insígnia de cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro.
Seu legado de determinação e coragem é lembrado em homenagens espalhadas pela Bahia, como a estátua em sua memória no Largo da Soledade, em Salvador, e o memorial no Casarão Olhos D’Água, em Feira de Santana.
Hoje, Maria Quitéria simboliza a força e resiliência da mulher brasileira, uma inspiração para futuras gerações que, assim como ela, têm a oportunidade de servir à nação.