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A FORÇA DA CULTURA

Secretária Silvia Brito fala sobre projetos e sonhos de ver a cultura voltar a pulsar nas veias de Santo Antônio de Jesus

“Uma cidade com uma cultura viva, efervescente, presente no dia a dia das pessoas”, é dessa forma que Silvia Brito, atual secretária municipal da Cultura de Santo Antônio de Jesus enxerga o município ao final dos próximos quatro anos. Um futuro que apesar de parecer distante, já começa a se desenhar nos seus planos, sonhos e projetos para a pasta.

Brito já é atuante na vida pública há anos. Assistente social, psicóloga e servidora pública pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, a nova secretária municipal da Cultura é ativista cultural, defensora do fortalecimento dos artistas santantonienses e encara como um potente desafio a missão que acaba de aceitar.

“Quando Genival surgiu com essa proposta de fazer um trabalho focado em gestão e empreendedorismo, eu acreditei e abracei a causa. Apesar de não ter nenhuma penetração político-partidária, acreditei na proposta e aceitei o convite. A minha luta é na política pública e é isso que nossa cidade estava precisando”, afirma Silvia Brito.

Há apenas poucos dias a frente da Secretaria, os primeiros passos já foram dados em busca o que Brito acredita ser o ideal cultural para Santo Antônio de Jesus. A secretária afirma os diálogos, elementos marcantes na campanha de Genival, serão mantidos e ampliados para que a escuta dos agentes culturais do município sejam o Norte das ações desenvolvidas. “É preciso chamar as parcerias para serem ouvidas. A intenção é que mesmo neste cenário de pandemia, não percamos o contato com as pessoas que produzem cultura no município”, complementa.

Dentre os seus principais objetivos, o resgate da memória e história de Santo Antônio de Jesus e a transformação do município em referência cultural na região se destacam. Para isso, Brito aposta na criação de espaços como a Casa da Memória, que dividirá espaço com a Biblioteca Municipal, e na construção de um centro histórico e artesanal no prédio da extinta Escola Félix Gaspar. Segundo a secretária, seriam espaços de conhecimento abertos à visitação visando o fortalecimento da cultura e das identidades locais.

Como santantoniense, sempre destaquei o fato de sermos uma cidade que cresceu muito no comércio, nos serviços de saúde e na área educacional. Isso fortaleceu muito o município e o consolidou, mas os nossos setores cultural e artísticos não seguiram no mesmo ritmo. Nós não temos uma política cultural fortalecida e é isso que vamos buscar construir”, afirma.

Silvia acredita que isto só será possível se houver, aliada a outras ações da gestão, um fomento ao empreendedorismo da classe artística, com uma sociedade civil mais fortalecida para que esses agentes culturais possam, de fato, conquistar sua independência a partir das modalidades culturais em que atuam.

Além do São João

Neste desafio de transformar Santo Antônio de Jesus numa cidade reconhecida pelos seus marcos culturais, a secretária Silvia Brito reiterou também a importância de observar a cultura local para além da festa de São João. “Que bom que conseguimos ganhar visibilidade no cenário regional e estadual com o nosso São João, mas precisamos também pensar que a nossa cultura não se resume apenas ao formato dos grandes shows de festa junina. Precisamos fomentá-lo com outros elementos, introduzir sementes como os festivais de música, quadrilha, licor e agregar a cultura local permanente para valorizar a pessoa que produz o ano todo”, destaca.

Ela reforça ainda que haverá outros marcos culturais na cidade que ajudarão Santo Antônio de Jesus a entrar no circuito de cultura do Estado. Um deles, deverá acontecer durante o segundo semestre do ano e estará relacionado à valorização da cultura da mandioca. “Estamos pensando num formato de festival que converse com as mais diversas linguagens culturais”, conclui Brito.

Silvia Brito sonha com a transformação de Santo Antônio de Jesus em um município com seus traços culturais mais valorizados e reconhecidos nos próximos quatro anos. “Espero encontrar a cidade com vários espaços mais humanizados e culturais. Área arborizada, pessoas lendo nas praças, famílias passeando, um Centro Cultural ativo, com plateia, com pautas ao longo do ano, encontros de fanfarras, samba de roda fortalecido, concurso de bairros…”, divaga. Segundo ela, há muito a ser feito. Mas o futuro já começou a ser construído agora.

Por: Daiane Dória – Group Auge

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