
AVANÇOS NO TRATAMENTO DO HIV
Notícias a respeito da cura do HIV e avanços nos tratamentos estão ganhando destaque nesses últimos dias e por isso o assunto voltou a ser debatido, especialmente com o caso da paciente norte-americana com leucemia que se tornou a primeira mulher e a terceira pessoa do mundo, até agora, curada do HIV após receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus que causa a AIDS. Outra conquista importante da ciência diz respeito à criação de uma vacina contra o vírus que está em fase de testes.
Vários avanços foram obtidos no tratamento do HIV: primeiro na mudança de quantidade de comprimidos do coquetel (que recebeu este nome por serem 20 a 25 comprimidos diários). Hoje é possível fazer o tratamento, conhecido por 2 em 1, que reduz essa carga de comprimidos a 2 e diminui os efeitos colaterais, como explicou a infectologista Dra. Tiana Mascarenhas em entrevista: “Atualmente, graças aos avanços, houve uma diminuição no abando dos tratamentos”.
A enfermeira Núbia Cristina relata que mais de vinte anos de evidências demonstram que o tratamento do HIV é altamente eficaz na redução da transmissão do vírus. Três grandes estudos sobre a transmissão sexual do HIV entre milhares de casais, dos quais um parceiro vive com HIV e o outro não, foram realizados entre 2007 e 2016. Nesses estudos, não houve um único caso de transmissão sexual do HIV de uma pessoa vivendo com carga viral suprimida ao seu parceiro soronegativo. Globalmente, em média 47% das pessoas vivendo com HIV tem carga viral indetectável.
A enfermeira destaca também sobre a importância do diagnóstico e de como isso pode facilitar o tratamento “A ciência é clara: pessoas que vivem com o HIV podem sentir-se confiantes de que, se tomarem seus medicamentos adequadamente e tiverem carga viral indetectável, não transmitirão HIV para seus parceiros sexuais. Quanto mais pessoas vivendo com HIV, que conhecem seu status, estiverem em tratamento bem sucedido, mais saudáveis serão e mais próximo chegaremos ao fim da epidemia.”, afirma Núbia.
Sobre as vacinas destacamos que a criação do imunizante contra o HIV só foi impulsionada por conta do desenvolvimento em tempo recorde das vacinas contra a covid-19. Segundo site VIVA BEM UOL, quarenta anos depois do início da pandemia de aids, o mundo parece estar perto de ter um produto eficaz na prevenção da infecção. Um estudo com mais de 6 mil pessoas está sendo conduzido em vários países da África, Europa, América do Norte e América Latina, inclusive no Brasil. Para especialistas, é o mais promissor em quatro décadas.